O edifício do teatro tem três pisos, com uma fachada coroada por um frontão triangular e janelas de sacada com vergas em arco de volta perfeita no piso principal. O teto do auditório é decorado com uma pintura a fresco da autoria do artista Benvindo Ceia. O projeto de arquitetura é da autoria de José de Sousa Larcher, que se inspirou no Teatro Nacional D. Maria II. O edifício estende-se por mais de 2.000 metros quadrados. Arquitetura cultural e recreativa, século XIX. A inauguração do Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, em 1846, introduziu em Portugal um modelo de construção teatral que viria a inspirar outros edifícios, como o Teatro 1854. Foi o primeiro edifício construído especificamente para teatro na cidade de Portalegre e é atualmente o sexto mais antigo teatro conhecido ainda em funcionamento em Portugal. O edifício do teatro está implantado num lote retangular, formando o canto noroeste de um grande quarteirão situado por detrás da igreja (a nascente), com as fachadas urbanas viradas para o Largo do Visconde de Cidrais. A igreja oculta cerca de dois terços da volumetria do teatro, mas a sua visibilidade e impacto urbano, limitados a duas “pequenas” fachadas - uma virada para o largo e outra para a Travessa do Teatro - são potenciados pelo alinhamento ligeiramente oblíquo do lote em relação à igreja, pelo facto de o edifício não estar totalmente adossado à igreja, pelo seu prolongamento para além da fachada lateral da igreja e pela sua posição no ponto mais alto do largo. CARPINTEIRO: José Maria dos Santos (responsável pelas poltronas, 1886); DIRECÇÃO DO PROJECTO: José de Sousa Larcher (1854); PINTOR: Álvaro Mateus Nunes Godinho (restauro do conjunto, 1886).